Com as meias irônicas em um Passeio pela Cidade
Sóbrio sol do meio dia
Que de tão tonto,
Espanta o sopro cinza.
Sobre as costas: derrota;
Pipa de rabo torto,
Batendo em toda porta.
Entre o cimento e o céu,
Restando poucos contos.
Não há pior troféu:
Ser só, em diversos pontos.
Só para ver se muda;
(Ou visão,
Ou pensamento, a fundo.)
Apresentaria o outro lado
Para algum desinformado.
Seu pai, ou ente amado,
Irmã ou vizinho ao lado,
Amigos de outro estado,
Conhecidos ou, outro fardo:
Algum livro mal versado,
Filme novo, satirizado,
Sei lá, qualquer acaso.
Olha só quanta gente imunda!
(Melhor, de imunda noção;
Almejando dominar o mundo,
Sem saber nem mesmo quem são.)
Torrando as costas,
Não é mais pipa.
É o medo das tocas,
Onde o “mal” vacila.
Falta técnica?
Pois há de faltar.
Quem quer sair, torrar,
E ouví-los esbravejar?
É o que dizem, branquinha,
Com todo o cuidado, é claro.
Cuidado de faro apurado.
Cruzadas uma, duas;
Na quarta, virada a esquina.
Quase minhas, quase suas.
Deles também, uma sina.
Todas essas ruas…
Aí resta-nos aguardar
Alguma melhora, mesmo simplória.
(Com trinta e um sem mudar?)
De que adianta o sóbrio cinza,
Com o espanto do sol,
Ir embora, a nos derrotar?
Até o rabo torto da pipa,
Sem calmaria ou dó,
Alguém prestativo há de mudar.
Resta-nos melhorar.