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-⌂ Albergue Sépia ⌂-
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A inexistência de Heitor Costa em poemas.

Domingos de Sol e Capas de Chuva

O silêncio dos lugares
guarda o saber.
Em ruas duvidosas ,
de mares e entraves,
os lares são onde
as pessoas deixam o ser.

 

Mesmo alguém néscio
há de entender:
Dentro d’aqui,
difícil é deixar de ser;
Os perdizes pequenos
tendem a esmaescer.
Fora d’aqui,
buzinaços tendem
a acontecer.
Um estardalhaço todo,
toma lugar, forma e
[querer.
Esbarrando em
sofridão gritante,
envelopa o querer;
A raiva itinerante
nem sua é
e o faz desfalecer.

 

Porém,
ao tocar os pés na porta,
tudo volta,
sem raiva ou sofrer.

 

Ao som de tua própria cabeça,
das formigas nos pés
e o Sol a se esconder,
existe a peça
que lhe faz ter fé.
Lá fora (dentro) há algo
[a se ver.

 

 

Quando o silêncio do lugar
acolhe o ser:
(Não há mais dúvidas!)
Seja-bem-vindo,
aqui é seu lugar.
Como chegar aqui?
Insistir em continuar
[seguindo.
Seu lugar é aqui,
Enquanto desejar.