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-⌂ Albergue Sépia ⌂-
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A inexistência de Heitor Costa em poemas.

Termometria entre Tapa Olhos

Nem tudo na vida são termômetros.
Quando é o próximo rito?
Meu ser está sôfrego;
No soslaio do olho, outro grito.

 

Aumentado sono acíclico,
sobretudo, sem noção.
Girou em torno, desatinou;
Desandou o fôlego, em vão.

 

Cabeça desabrigou;

 

Exprimiu o ar.
Não desafinou.
Porém, ao acabar,
O semblante abaulou
o sentido, até desandar.

 

 

Sem razão,
outro soslaio gritante
exterminou a humanidade.
Desandou, em vão.
O tempo, não obstante,
sem reciprocidade,
também insone e sem café.

 

Encontramo-nos e, então,
ele apenas desatinou.

 

Cobertor ao chão.
Piscando, sem fé,
A impaciência corrói.
Onde foram parar meus
[pés?
Perdi-me novamente
em meu hospício.
Aguardo, entrementes,
aflito, desde o início,
o escuro quebrar.
Está difícil.

 

 

Ao início:
Seria preciso
e, talvez, desperdício.
Não custa tentar.